Estão todos aí?

Todo jornalista, todo escritor, todos que se propõem a publicar seus textos são vaidosos, narcisistas por excelência. E eu sou um deles - um narcisista inseguro. Por isso, resolvi postar em vez de me prostrar. A idéia de “Por Volta da Meia Noite” surgiu para compartilhar devaneios, reflexões e amenidades com quem estiver disposto. Mas por favor, não leve me leve a sério. Todas essas palavras são despretensiosas, embora eu não as esteja jogando ao vento.

Logo acima, escrevi idéia porque tenho até 2012 para me adaptar às novas regras ortográficas, então, acostume-se com a escrita dentro e fora dos padrões.

Por falar em palavras, não me lembro se li, ou se alguém me disse que um escritor tem 15 páginas para te convencer a ler seu livro. Se depois disso você não sentir atração pelo texto, parta para outro (livro ou escritor).

Aqui não existirão livros. Digitarei 500, mil, cinco mil caracteres (textos enormes, se pensarmos que a nova moda são os 140 toques por postagem), portanto, não hesite em parar de ler caso o primeiro parágrafo não agrade. Vá para outro texto, outro blog, ou então, vá para a puta que pariu.

Aproveite!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Quem ouve o que quer...

Uma das piores frases que alguém pode dizer: “Ah, eu ouço de tudo.” O escambau! Quem ouve tudo não ouve nada. Ser uma pessoa eclética tudo bem, agora, o tal do ouvir tudo, ou ouvir de tudo? Isso me tira do sério, mas hoje percebi que a língua é o chicote do corpo.

Meu iPod está praticamente cheio. Só posso usar mais 4GB (caso tire os vídeos, fotos e as capas dos álbuns, a capacidade sobe pra pouco mais de 7GB). Tenho 22.675 músicas no brinquedinho desenvolvido por Steve Jobs.
Venhamos e convenhamos: ele é minha discoteca. É impossível ouvir esse tanto de música sem fazer algum tipo de seleção. Por isso, crio minhas playlists. Tenho várias. Estão divididas por décadas, estilos, duração, artistas semelhantes, etc.. Ah, também têm aquelas criadas pelo Genius (uma besteirinha do iTunes).

Outro dia, montei uma que me espantou! Sou realmente eclético? Um barango? Ou um sem noção? Olha isso:

1: Flick Of The Switch – AC/DC
2: Colors – Amos Lee & Norah Jones
3: Take My Breath Away (Ela mesma. Trilha Sonora de Top Gun) – Berlin
4: God’s Got It (ao vivo) – The Black Crowes
5: Don’t Stop The Dance – Bryan Ferry
6: Slave To Love (Sim! Trilha de 9¹/² Semanas de Amor) – Bryan Ferry
7:
I Believe In You – Cat Power
8: Theme From New York, New York – Cat Power
9: Woman Left Lonely – Cat Power
10: Walking After Midnight – Cowboy Junkies
11: Walking After Midnight (ao vivo) – Cowboy Junkies
12: Outside Woman Blues – The Cream
13: Squirm – Dave Matthews Band
14: Babylon II – David Gray
15: Carmensita – Devendra Banhart
16: Rosa – Devendra Banhart
17: Seahorse – Devendra Banhart
18: Hurdy Gurdy Man – Donovan
19: Second Nature – Eric Clapton
20: Forever Man (ao vivo) – Eric Clapton & Steve Winwood
21: A Woman Left Lonely – Janis Joplin
22: Equinox – John Coltrane
23: Lord, Have Mercy On Me – Junior Kimbrough & The Soul Blues Boys
24:
You Really Got Me – The Kinks
25: Trouble – Lindsay Buckingham
26: Bartender – London Contemporary String Ensemble
27: Everyday – London Contemporary String Ensemble
28: Say Goodbye – London Contemporary String Ensemble
29: Tu Vuo' Fa l'Americano (Trilha de O Talentoso Ripley) – Matt Damon, Jude Law, Fiorello & The Guy Barker International Quintet
30: Suzanne – Perla Batalla, Nick Cave & Julie Christensen
31: Any Man – Rocco DeLuca & The Burden
32: Save Yourself – Rocco DeLuca & The Burden
33: Magnificent – U2
34: Fool For Your Loving (ao vivo) – Whitesnake
35: If You Want Me – Whitesnake


Não vou entrar no mérito da qualidade das músicas. Se eu gosto, ponto! Mas é muito estranho! Entre uma música e outra, parecia que eu tinha acabado de ver um filme com o Chuck Norris e ia assistir a um do Godard. Ou então, sair de "Missão Impossível II" e entrar em "Festa de Família" (aquele, do movimento dinamarquês Dogma). Cacete! Jazz, hard rock, indie, glam rock, blues, pop e brega tudo de uma só vez? Como diria um grande professor: uma geléia musical. Um viva às playlists!

PS: Walking After Midnight ficou muito famosa na voz de Patsy Cline. Eu, particularmente, não gosto, mas aconselho que procurem as versões do Cowboy Junkies. Elas estão nos álbuns “The Trinity Session” e “Trinity Revisited” – este último, lançado no começo do ano. Uma boa compra, pois é um pack CD+DVD e o preço é honesto. Quem preferir, também pode procurar a versão da Madeleine Peyroux, no álbum “Dreamland”. Na minha opinião, o melhor disco da canadense que todos gostam de chamar de nova Billie Holiday. Coisa de crítico sem imaginação.

Music is Power...

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