Sempre que saiam, o mais gostoso era a volta para casa. De madrugada as ruas ficam vazias e os dois podiam ir embora caminhando. Apesar de todos os problemas, Belo Horizonte ainda é uma cidade segura. Mas isso não os preocupava. Ela sempre fora acostumada a isso. Ele adorava andar com alguém durante a noite, mas não o fazia há muitos anos.
No meio do caminho, sempre faziam uma parada. Assim, podiam se curtir cada vez mais. Porém, em uma noite de quarta-feira, as coisas foram diferentes para ele. Quando perceberam, o relógio marcava mais de três horas da manhã. O bar já estava completamente vazio. Ninguém nas mesas de sinuca. Garçons empilhando as cadeiras. Até mesmo o rock & roll, trilha sonora de suas noites não era mais ouvido. O DJ já tinha desligado o som há tempos.
Apesar disso, os dois não se importaram com a situação. Aquela noite era deles. Era para eles. Em poucos dias, ela estaria partindo. Ia para a Europa estudar. Quando saíram do bar – fechado e abafado - um clima convidativamente frio vinha da rua. Estranho, pois era no meio de setembro, época de noites quentes ou chuvosas.
Quando começa a descer a rua, ela pergunta o que ele está fazendo. “Vou achar um táxi pra gente, oras.” Então, a frase que ele nunca vai se esquecer. “Você acha que vou perder a chance de voltar a pé com você pra casa?” E os dois sobem a avenida rumo à casa dela. São poucos quarteirões, mas, mesmo que fossem quilômetros, ele andaria. A levaria nos braços se fosse preciso.
Quando estão chegando, param no lugar de sempre. Naquela esquina, passam o resto da noite encostados no muro de uma casa antiga – a única testemunha de um caso, rolo, namoro com data para acabar. Logo depois de deixá-la na portaria do prédio, vai embora se sentindo o cara mais feliz do mundo. Mesmo tendo consciência de que em poucos dias não vai mais viver aquilo, não se importa em saber que sentirá saudades do cheiro dela, dos telefonemas para saber se ele chegou bem em casa, das conversas horas a fio e do ciúme que começava a sentir.
A única coisa que o incomoda é saber que a partir de agora, quando voltar caminhando de madrugada para casa, será sem ela.
No meio do caminho, sempre faziam uma parada. Assim, podiam se curtir cada vez mais. Porém, em uma noite de quarta-feira, as coisas foram diferentes para ele. Quando perceberam, o relógio marcava mais de três horas da manhã. O bar já estava completamente vazio. Ninguém nas mesas de sinuca. Garçons empilhando as cadeiras. Até mesmo o rock & roll, trilha sonora de suas noites não era mais ouvido. O DJ já tinha desligado o som há tempos.
Apesar disso, os dois não se importaram com a situação. Aquela noite era deles. Era para eles. Em poucos dias, ela estaria partindo. Ia para a Europa estudar. Quando saíram do bar – fechado e abafado - um clima convidativamente frio vinha da rua. Estranho, pois era no meio de setembro, época de noites quentes ou chuvosas.
Quando começa a descer a rua, ela pergunta o que ele está fazendo. “Vou achar um táxi pra gente, oras.” Então, a frase que ele nunca vai se esquecer. “Você acha que vou perder a chance de voltar a pé com você pra casa?” E os dois sobem a avenida rumo à casa dela. São poucos quarteirões, mas, mesmo que fossem quilômetros, ele andaria. A levaria nos braços se fosse preciso.
Quando estão chegando, param no lugar de sempre. Naquela esquina, passam o resto da noite encostados no muro de uma casa antiga – a única testemunha de um caso, rolo, namoro com data para acabar. Logo depois de deixá-la na portaria do prédio, vai embora se sentindo o cara mais feliz do mundo. Mesmo tendo consciência de que em poucos dias não vai mais viver aquilo, não se importa em saber que sentirá saudades do cheiro dela, dos telefonemas para saber se ele chegou bem em casa, das conversas horas a fio e do ciúme que começava a sentir.
A única coisa que o incomoda é saber que a partir de agora, quando voltar caminhando de madrugada para casa, será sem ela.
Um comentário:
Eu gostei, muito, muito obrigada! Seu blog tem me divertido bastante, voce, seu jeito maroto. Saudades, muita. Satisfacoes em suas realizacoes. Abraco carinhosamente longo e cheiros, intensos.
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