Estão todos aí?

Todo jornalista, todo escritor, todos que se propõem a publicar seus textos são vaidosos, narcisistas por excelência. E eu sou um deles - um narcisista inseguro. Por isso, resolvi postar em vez de me prostrar. A idéia de “Por Volta da Meia Noite” surgiu para compartilhar devaneios, reflexões e amenidades com quem estiver disposto. Mas por favor, não leve me leve a sério. Todas essas palavras são despretensiosas, embora eu não as esteja jogando ao vento.

Logo acima, escrevi idéia porque tenho até 2012 para me adaptar às novas regras ortográficas, então, acostume-se com a escrita dentro e fora dos padrões.

Por falar em palavras, não me lembro se li, ou se alguém me disse que um escritor tem 15 páginas para te convencer a ler seu livro. Se depois disso você não sentir atração pelo texto, parta para outro (livro ou escritor).

Aqui não existirão livros. Digitarei 500, mil, cinco mil caracteres (textos enormes, se pensarmos que a nova moda são os 140 toques por postagem), portanto, não hesite em parar de ler caso o primeiro parágrafo não agrade. Vá para outro texto, outro blog, ou então, vá para a puta que pariu.

Aproveite!

terça-feira, 9 de março de 2010

(In)decisões

Quando acordou ainda era cedo para um sábado de ócio. Pouco mais de nove da manhã. Se lembrava de poucas coisas da noite anterior, já que ainda estava bêbado. Quando viu que ela tinha ido embora, sabia que não tinha mais volta. A princípio, o desespero tomou conta, mas, logo depois, se sentiu meio anestesiado. Já que não sabia se era por conta das cervejas e do whisky, voltou pra rua e bebeu mais um pouco.

Ela já vinha dando algumas indiretas - mostrava que não continuaria ali. Sempre que dormia fora de casa e não avisava, resolvia dar um susto nele. Infelizmente, o tolo achava que aquilo era chantagem emocional. Estava tudo bem, "ela não iria embora de uma hora para outra". Mas só estava bem na superfície. Por dentro, seu coração já não agüentava mais e sentia que era hora de voltar para casa.

Como sempre fora uma pessoa paciente, permitiu que ele se despedisse. Na tal noite anterior, esperou que chegasse em casa, bêbado como de costume. E, como também era de costume, deixou que a perturbasse um pouco e fosse para seu quarto dormir. Pena que não sabia que seria a última vez. Mas aquilo também já não tinha mais importância. Estava decidida a ir na manhã seguinte.


E assim como veio, foi.