Estão todos aí?

Todo jornalista, todo escritor, todos que se propõem a publicar seus textos são vaidosos, narcisistas por excelência. E eu sou um deles - um narcisista inseguro. Por isso, resolvi postar em vez de me prostrar. A idéia de “Por Volta da Meia Noite” surgiu para compartilhar devaneios, reflexões e amenidades com quem estiver disposto. Mas por favor, não leve me leve a sério. Todas essas palavras são despretensiosas, embora eu não as esteja jogando ao vento.

Logo acima, escrevi idéia porque tenho até 2012 para me adaptar às novas regras ortográficas, então, acostume-se com a escrita dentro e fora dos padrões.

Por falar em palavras, não me lembro se li, ou se alguém me disse que um escritor tem 15 páginas para te convencer a ler seu livro. Se depois disso você não sentir atração pelo texto, parta para outro (livro ou escritor).

Aqui não existirão livros. Digitarei 500, mil, cinco mil caracteres (textos enormes, se pensarmos que a nova moda são os 140 toques por postagem), portanto, não hesite em parar de ler caso o primeiro parágrafo não agrade. Vá para outro texto, outro blog, ou então, vá para a puta que pariu.

Aproveite!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Vale quanto pesa?

Não vou negar: sou um cara consumista. Vovô deve dar voltas no caixão a cada compra desnecessária que faço. E elas já foram muitas. Tenho várias coisas encostadas, todas adquiridas na base da impulsão (compulsão é um termo melhor). Alguns objetos que toda pessoa normal tem um, tenho dois, três de cada. Comecei a me sentir uma pessoa abjeta por causa disso. Ônus da modernidade: compre o mundo inteiro, pois a vida é agora.

Estou em uma fase de transição, então passei a abolir tudo aquilo que me incomoda. Minha primeira atitude: só gastar dinheiro com o necessário e investir no que gosto. Livros e DVDs não entram na categoria consumismo, por isso, continuo separando uma parte da grana para eles. Preciso confessar: tenho muito mais shows e filmes do que literatura.

Outro dia, vi que precisava de um gadget. Precisava mesmo! Meu notebook estava totalmente encostado porque eu não tinha o tal equipamento. O preço estava ótimo, então tentei fazer a compra pelo telefone.

Quando o processo começou a ficar muito complicado, larguei mão. Acessei a internet e fiz uma compra totalmente diferente e impulsiva. À vista e sem nenhum tipo de desconto. Assim que a concluí, me arrependi. Normal. Tudo feito impulsivamente nos traz algum tipo de culpa logo em seguida. Só mais tarde percebi que tinha acabado de adquirir um dos meus maiores bens: a tal da paz de espírito. E só tinha gasto R$ 220,00! Nunca imaginei que algo assim pudesse ser comprado. A culpa logo foi substituída pela satisfação. Foi como comer duas barras de chocolate, mas com a química ao inverso.

De todos os itens do meu pedido, apenas um tinha utilidade. O resto, dei ou vendi. Resumo da ópera: cobri os R$ 220,00 e ainda me sobrou um belo troco. Melhor, impossível!

Sejamos sinceros: comprar a própria paz de espírito é algo, no mínimo, insólito. Então, a forma como ela é entregue também deve ser. Sempre que recebo alguma encomenda, o porteiro do meu prédio apenas me chama pelo interfone e diz que chegou alguma coisa pra mim. Desta vez foi diferente. Ele me interfonou e disse: “Cara, um senhor careca e gordinho deixou um negócio aqui pra você, mas não quis dizer o nome.” Óbvio! Ele não precisava se identificar. Era apenas o office boy, o “cara da entrega”.


Meus amigos dizem que sou ranzinza. Estou pensando seriamente em comprar um pouquinho de bom humor. Já até imagino quem o deixará aqui.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Maldição! Eu preciso de um cigarro!

Parei de fumar. Sim, é melhor você acreditar.
Foi a decisão mais inteligente que já tomei.
Me sinto muito mais saudável agora.

OK?
Satisfeito?
Bom!

Maldição! Me dê um cigarro!
Já voltei ao normal...

sábado, 8 de agosto de 2009

Sempre com parcimônia

Quando acordei no chão da sala e cuspi um pedaço do meu pulmão, fiquei feliz. Pelo menos, sabia que estava vivo. Quem toma várias doses de Jack Daniel’s no xote e mais um bocado de Originais de estômago vazio merece passar por isso. Bati nos bolsos da calça. Vi que não estava faltando nada e voltei a dormir, mas pelo menos pulei pro sofá.

Por volta do meio dia, levantei e fui pra cama. No prédio ao lado, algum infeliz tava dando uma festa e contratou um camarada pra tocar música ao vivo. Música sertaneja não! Pelo amor Dele. Como diria De Niro em um filme que não me lembro: “I wish i was dead”.

(Acho que ele disse isso em “Showtime”)

Dadas as circunstâncias, fui obrigado a me levantar de vez. Liguei pra minha amiga e agradeci por ela e o namorado terem me trazido (na verdade, o cara me deixou dentro de casa).

Abri a geladeira pra tomar uma bela Coca-Cola gelada e não tinha. Íamos fazer um almoço aqui em casa, mas minha prima teve que desmarcar. Nada de refrigerante, mas as cervejas já tinham sido compradas. Doze long necks de Heineken estupidamente geladas bem na minha frente. Liguei o som pra ouvir música de verdade e tive que tomar algumas pra rebater. Estou bêbado novamente.

Vou dormir. Amanhã é dia de ver papai...