Não vou negar: sou um cara consumista. Vovô deve dar voltas no caixão a cada compra desnecessária que faço. E elas já foram muitas. Tenho várias coisas encostadas, todas adquiridas na base da impulsão (compulsão é um termo melhor). Alguns objetos que toda pessoa normal tem um, tenho dois, três de cada. Comecei a me sentir uma pessoa abjeta por causa disso. Ônus da modernidade: compre o mundo inteiro, pois a vida é agora.
Estou em uma fase de transição, então passei a abolir tudo aquilo que me incomoda. Minha primeira atitude: só gastar dinheiro com o necessário e investir no que gosto. Livros e DVDs não entram na categoria consumismo, por isso, continuo separando uma parte da grana para eles. Preciso confessar: tenho muito mais shows e filmes do que literatura.
Outro dia, vi que precisava de um gadget. Precisava mesmo! Meu notebook estava totalmente encostado porque eu não tinha o tal equipamento. O preço estava ótimo, então tentei fazer a compra pelo telefone.
Quando o processo começou a ficar muito complicado, larguei mão. Acessei a internet e fiz uma compra totalmente diferente e impulsiva. À vista e sem nenhum tipo de desconto. Assim que a concluí, me arrependi. Normal. Tudo feito impulsivamente nos traz algum tipo de culpa logo em seguida. Só mais tarde percebi que tinha acabado de adquirir um dos meus maiores bens: a tal da paz de espírito. E só tinha gasto R$ 220,00! Nunca imaginei que algo assim pudesse ser comprado. A culpa logo foi substituída pela satisfação. Foi como comer duas barras de chocolate, mas com a química ao inverso.
De todos os itens do meu pedido, apenas um tinha utilidade. O resto, dei ou vendi. Resumo da ópera: cobri os R$ 220,00 e ainda me sobrou um belo troco. Melhor, impossível!
Sejamos sinceros: comprar a própria paz de espírito é algo, no mínimo, insólito. Então, a forma como ela é entregue também deve ser. Sempre que recebo alguma encomenda, o porteiro do meu prédio apenas me chama pelo interfone e diz que chegou alguma coisa pra mim. Desta vez foi diferente. Ele me interfonou e disse: “Cara, um senhor careca e gordinho deixou um negócio aqui pra você, mas não quis dizer o nome.” Óbvio! Ele não precisava se identificar. Era apenas o office boy, o “cara da entrega”.
Meus amigos dizem que sou ranzinza. Estou pensando seriamente em comprar um pouquinho de bom humor. Já até imagino quem o deixará aqui.
Estou em uma fase de transição, então passei a abolir tudo aquilo que me incomoda. Minha primeira atitude: só gastar dinheiro com o necessário e investir no que gosto. Livros e DVDs não entram na categoria consumismo, por isso, continuo separando uma parte da grana para eles. Preciso confessar: tenho muito mais shows e filmes do que literatura.
Outro dia, vi que precisava de um gadget. Precisava mesmo! Meu notebook estava totalmente encostado porque eu não tinha o tal equipamento. O preço estava ótimo, então tentei fazer a compra pelo telefone.
Quando o processo começou a ficar muito complicado, larguei mão. Acessei a internet e fiz uma compra totalmente diferente e impulsiva. À vista e sem nenhum tipo de desconto. Assim que a concluí, me arrependi. Normal. Tudo feito impulsivamente nos traz algum tipo de culpa logo em seguida. Só mais tarde percebi que tinha acabado de adquirir um dos meus maiores bens: a tal da paz de espírito. E só tinha gasto R$ 220,00! Nunca imaginei que algo assim pudesse ser comprado. A culpa logo foi substituída pela satisfação. Foi como comer duas barras de chocolate, mas com a química ao inverso.
De todos os itens do meu pedido, apenas um tinha utilidade. O resto, dei ou vendi. Resumo da ópera: cobri os R$ 220,00 e ainda me sobrou um belo troco. Melhor, impossível!
Sejamos sinceros: comprar a própria paz de espírito é algo, no mínimo, insólito. Então, a forma como ela é entregue também deve ser. Sempre que recebo alguma encomenda, o porteiro do meu prédio apenas me chama pelo interfone e diz que chegou alguma coisa pra mim. Desta vez foi diferente. Ele me interfonou e disse: “Cara, um senhor careca e gordinho deixou um negócio aqui pra você, mas não quis dizer o nome.” Óbvio! Ele não precisava se identificar. Era apenas o office boy, o “cara da entrega”.
Meus amigos dizem que sou ranzinza. Estou pensando seriamente em comprar um pouquinho de bom humor. Já até imagino quem o deixará aqui.
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